Ir al contenido principal

Entradas

Mostrando entradas de diciembre, 2011

Tu ausencia sabe a locura

* Y no sólo fueron los minutos por ser minutos, ni las horas por ser simples convenciones sociales, Fue la forma en la que estuve a tu espera, la manera trágica de pensar tu no llegada. No sólo fue el estúpido deseo de no atreverme, de no quererme acompañada, Fue golpear este cansativo túmulo para propiciar nuestra hallada. Y sin saber qué hacer con la distancia me ganaron las ganas: Mirada extraña tras mirada extraña te veía, te tocaba, te besaba y te amaba. Y no sólo fueron los minutos por ser minutos, Repito, Fue imaginar tu calor a mi lado sin tenerte. *Imagen en http://www.cofregrafico.com/arte-callejero-alrededor-del-mundo/

E agora José?

A propósito do poema de Carlos Drummond de Andrade José acorda e fica na cama, minutos, sem pensar em nada, horas, com a mente detida num ponto branco, anos que se esgotam exigindo o início, uma segunda oportunidade, para remendar os erros, embora os fios acabaram. Existe a certeza de que esse corpo tem vida pelo movimento quase imperceptível do seu peito. Se não fosse pela fome, sintoma subtil de quem ainda quer andar, seria como um dos imortais de Borges: Seria como aquele inextinguível que fica deitado no chão sem se mover, sem se importar com a chuva, com o frio ou com o calor; como aquele eterno que permanece com um ninho no ventre, com a pele cinzenta, sem falar, tentando esquecer a vida. Só pela exigência do corpo, forte fome, é que se põe de pé, vagarosamente, e volta a caminhar. Na rua, as pessoas olham para ele com pena. Às suas costas o rumo dos homens o trata por perdedor, vencido, e é o que ele é. Antes, há séculos, todas as mulheres o admiravam, gostavam do brilho no